sábado, 1 de setembro de 2012

E, então, veio a brisa, aos poucos, de leve, varrendo tudo, limpando tudo, deixando cada coisa em seu devido lugar. Veio o rio, corrente, buscando o restinho de poeira que a brisa esquecera de levar e, enfim, lavou a alma. Veio, por fim, você e, sem medo, resolveu brincar de me fazer feliz!!!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

As vezes, me sinto tão teu e me entrego tão sem medo em teus braços, sou feliz, sou eu e mais nada. Então, de rompante, surgem barreiras que afastam-te de mim, são palavras, gestos e ações que, nada além de meu amor por ti, demonstram meu medo de perder-te.
As vezes, me sinto tão instante, momento, nada além. É simples, não importa o que aconteça, não interessa quem me magoe, me entristeça, me aborreça, tudo converge para a felicidade de saber que existes.
As vezes meu mundo é tão insignificante, tudo é tão fácil e singelo, sem novidades ou solavancos. Mas, feito mágica, te tenho perto e tudo se torna inexplicável e imenso. Estás em minha vida, isso basta.
As vezes, por teimosia, gotas d'água insistem em percorrer o tortuoso caminho da minha face, descem sem destino e sucumbem ao toque dos meus dedos. Não sei o que fazer, sinto apenas um receio sem dimensões de não te ter ao meu lado.
É sem destino, sem escolha, sem premeditar, é sem respirar, sem contar, sem prever, é sentimento, apenas escorre por meus dedos e, por soluço, transforma-se em palavras.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

E quando me dizem poeta por externalizar meus sentimentos, fico tímido. 
Nada além de palavras que fluem por meus dedos...e olhos. 
Arrepio-me simplesmente em ouvir, sentir, sorrir, lembrar. 
E tanto bem me faz cumprir esse papel de vidraça.
Tanto bem me fiz em soltar-me das amarras. 
E quando dizem-me sorridente e feliz...é simplesmente porque tento. 
Cada passo tateado de emoção me traduz, simplesmente por eu ser assim: emoção. 
É tão bom deixar-se levar pelo que acreditamos ser a nossa vida. 
Abri as mãos, soprei de leve, e a vi flutuar no vento leve que a abraça...