sábado, 22 de outubro de 2011

De cada palavra que existe
Sons disformes as compõem
Irrita-me o que fazes,
Irrita-me...
Achas simples a matéria
E tão fácil me expor
Mas te digo, pessoa:
Não é fácil, nada é simples!
Meu sorriso de criança
Não é tão puro ou real.

Nada é fácil, não é simples!
Estes olhos bem cerrados
Escondem a tristeza de ouvirdes.
Não é nada, fácil é simples!
De disfarçar-me pra sorrir-te,
De brincar em não mostrar.
É fácil, não é nada simples!
Traço planos de querer
Mas ressalto o não poder.
É simples, fácil, não é nada!
Magoar-me, usar-me,
Brincar de rir da minha face.
Deixo, então, estilhaçar-me.
Sou forte! Junto os cacos,
Reconstruo-me!