quarta-feira, 29 de junho de 2011

Anjos

O estranho e ao mesmo tempo maravilhoso é perceber que todas aquelas pré concepções que se tem caem por terra no instante em que somos atingidos pelo que sempre acreditamos não existir. Esses tais amores a primeira vista, encantamentos imediatos, paixões avassaladoras. Esses momentos em que o chão não existe e simplesmente ouvir a voz de quem se ama faz o dia mais feliz, lembrar os momentos que passamos juntos torna tudo mais gostoso, as flores parecem mais perfumadas e as cores mais vivas. Esses anjos que surgem em nossas vidas e fazem de cada momento ao seu lado único, inexplicável, indescritível, enfim, APAIXONANTE!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Vontades loucas me encontram a todo instante:
Correr e gritar que estou sedento por um beijo
Fingir que falo o que quero e falar o que finjo não querer
Levantar o olhar em direção aos entraves surgidos de repente,
Silenciando a solução que encontrara e nocauteando-os num só toque.
Sim, eu quero!
Estou em frenesi por uma migalha de delírio.
Grito em meus olhos por um tanto de liberdade vigiada.

domingo, 12 de junho de 2011

Roupas

Quando escrevo nada sei,
Volto as mesmas roupas velhas,
De respingos de lembrança.
Sonho palavras que piscam em meus olhos,
Rondam minha mente e sussuram meus ouvidos.
Luto pra não gritar.
Vez ou outra soluço trapaças:
De fugir do que atormenta,
Inflamar os pensamentos,
Deixando-me levar em contratempos.
Desses, que só a música comporta.
Saio, então, em disparada
Pra tornar tudo verdade.
Uso aqueles instrumentos
E deslizo em cada volta.
Por fim, tenho-me refeito
De escrever o que sentia.
Roupas novas em minha mala,
Descarto as velhas que vestia.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Sim, meu amigo, vivemos no mundo cão,
Nesse, sem destino certo e com caminhos tortuosos.
Triste, meu querido amigo, é saber que não tivemos escolha,
Somos assim e ponto final.


Olha, meu amigo, arriscar-se é necessário
Mesmo com medo, é preciso tentar de novo.
Sabe, meu querido amigo, tateando os sentimentos
Descobrimos felicidades escondidas.


Sinta, meu amigo, que podemos superar obstaculos
O tempo passa e as coisas voltam ao seu lugar.
Então, meu querido amigo, o bom é deixar-se voar,
Levados pelo vento que chamamos de carinho.


Disse, meu amigo, que teu rosto denuncia-te.
É um sorriso tão sincero que os olhos brilham de felicidade.
Portanto, meu querido amigo, deixe pra trás os teus receios
E viva o que te fará feliz.


Volto, meu amigo, a afirmar-me presente para o que quiseres.
Mesmo eu tímido em demasia, cativastes, por inteiro, o meu ser.
Logo, meu querido amigo, abra os braços e deixe-se levar
Mas guie teus sentimentos sempre pela razão.


Deixo, meu amigo, sinceros desejos de felicidade.
Dessas que só sabemos quando sentimos, tão indescritíveis.
Quero, meu querido amigo, que livre-se dos teus fardos,
Somos nós que construímos nossos caminhos.


Por isso, meu amigo, seja um tanto egoísta.
Tu deves te amar e isso é o que importa.
Porque, meu querido amigo, quando amamos a nós mesmos
Estamos aptos a amar ao mundo!

domingo, 5 de junho de 2011

Tantas coisas pra contar,
De promessas que me fiz.
Roupas, gestos e o falar,
Livres passos bem gentis.

Os meus sonhos, afinal,
De contigo e feliz.
Mesmo jeito, coisa e tal
Traços, laços que não quis.

Consciente do meu fardo,
Sussurrei ao teu ouvido
Dos segredos que não tardo
Em fazer-me a ti despido.

Traças sempre estratégias
Em lançar-te tão certeiro
Juntar-me sempre as tuas rédeas
E usar-me por inteiro.

Quando, então, já não me queres
Faz de mim um adereço.
Não te importas se a mim feres
Sou um nada, recomeço.

Desistindo a cada dia
Desta coisa tão perversa.
Sentimento que não via,
Felicidade submersa.

Vou subindo a montanha
Com perfume em minhas mãos.
Arrepio que me acanha
Vozes, risos, tudo ao chão.

Sorte a minha que disfarço
Ou talvez penso que sim.
Vou datar, talvez Março,
Início e meio do meu fim

Não amo-te mais, isso é certo.
Mas nutro um carinho imenso.
Que se olhado bem de perto
Externaliza o que eu penso.

O problema é que me usas.
Isso é claro, evidente.
Nas conversas obtusas
É que me mostras o que sentes.

Mesmo vendo o que acontece,
Não consigo me soltar
O meu eu que fenece
E o teu eu a me agarrar.

Se te esqueço e me ligas,
Um sorriso em mim despertas.
São migalhas e intrigas
De abraçar-me em horas certas.

E por fim se é que existe,
Diz que não queres me magoar.
E o que dizer, é tão triste,
Não precisa nem tentar.