domingo, 29 de maio de 2011

A partir de hoje (não que seja hoje) as coisas mudam de figura.
Os polos da relação se transformam,
As questões se explicitam,
As certezas se infiltram sorrateiramente em meus pensamentos.
Responsáveis por transformações são tanto meu coração
Quanto pessoas que a mim tornam-se especiais.
Cruciais nas novidades sou eu e meus medos.
Desejo um tanto mais de felicidade,
Esta que de início não conhecia
E que agora passou a preencher meus momentos em bater de asas.
Voo desgovernado, cambaleante, mas voo livre...
Há dias que um sorriso é impossível,
Que pensar é improvável
E delimitar não entra em cena.
Nestes dias o importante é sentir,
Deixar a luz invadir os olhos, 
Percorrer o corpo e atingir a alma.
Parece que alivia a dor,
Quando deixo-me transbordar.
O coração aperta, se transforma
E percebo-me, enfim, feliz!

domingo, 22 de maio de 2011

O orvalho que outrora molhara meu rosto
Transformou-se em silêncio, em sorriso, em não mais...
Coube a ti a missão de dizer-me:
_Sim, anjo, voamos contra o vento!
Respirei fundo, olhei pra dentro.
Pensei em fugir todo instante.
Ouvi cada pulso em doces tempos.
Peguei o pouco da coragem sub-humana
E entreguei-me a ti,
Meu lar.
Fiz questão de olhar:
Imediatidade!
Pegaste minha mão
E furtaste-me daquele lugar.
Olho no olho, lábios nos lábios,
Abraço apertado e carícias sinceras.
Arrepio-me ao lembrar tua voz,
Sussurrando meu ouvido...
Um beijo a mais,
Um toque a mais.
Agarraste-me a ti e não me soltara:
Inevitável...
Um beijo a mais.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Eu te amo em cada gesto, em cada verso, em cada olhar.
Eu te chamo, eu te grito até você me ouvir.
Dessa forma é inevitável me sentir!

domingo, 15 de maio de 2011

Então eu corro em direção ao nada
Fugindo da realidade que me persegue.
Observo cada instante que me cerca
E procuro, sem destino, me entregar.
Como sempre, sem ter algo que alcançar,
Minha vida entre espinhos e correntes.
Letras mortas em papéis pra não sentir
E a lua que insiste em me guiar.
E se eu resolvesse parar o mundo com as mãos?
Você me ajudaria?
Se faíscas de luz atingissem minh'alma?
Você me ajudaria a sair da escuridão?
Eu sento e penso cada momento que passou
E sem sentir a chuva atinge o meu rosto.
Inevitável não voltar no ontem-hoje.
Vou me levando pelo som do coração.
Em cada dor que acelera o devaneio
E quebra o fraco que existe aqui dentro,
Em todo dia que parece não ter fim,
Nos meus compassos, no desejo, em tudo, em mim.
E se eu resolvesse parar o mundo com as mãos?
Você me ajudaria?
Se faíscas de luz atingissem minh'alma?
Você me ajudaria a sair da escuridão?

sábado, 14 de maio de 2011

Ando arriscando-me mais.
Primeiro olhei, meio sem jeito
E questionei futilidades:
Sem intenção!
Interessante como continuaste o assunto,
Fiquei meio tímido.
Sentaste, então, me convidando pra fingir não perceber
E continuarmos a conversa sobre nós,
Sobre meu toque na pasta azul
E teu sorriso de canto de boca.
Despediu-se de mim, dando-me dicas sobre horários
Perguntei teu nome,
Nunca mais vi.
Interessante essa história de primeira vista,
Ou segunda, afinal já haviamos nos olhado,
Encantamento imediato
E sorriso sem medo.
Estou aberto à novas experiências.
Sinto-me melhor, mais feliz,
Liberto.
Puxo o fio e a conversa flui.
Não tenho aversões.
Sentei ao teu lado
E brincamos de falar novidades.

domingo, 8 de maio de 2011

Desviar o olhar é inevitável.
Basta você chegar.
Meus olhos ganham vida própria,
Insistem em fugir do foco.
Cada gesto é captado por meus radares,
Sempre atentos aos movimentos que faz.
A linha é sempre tênue.
No seu caso, sequer existiu.
Perder o ar é incontrolável.
É só ouvir sua voz
E a respiração se faz ofegante.
Simples:
Não entendo como pode fazer-se
Tão indescritível.
Despertar

Sempre estive anestesiado,
Preso a vendas que escondiam a verdade.
Sempre encantei-me em conviver,
O tempo cuidava em despertar um sentimento.
Acontece que, dias pra cá,
O tempo anda curto,
O anestésico sem efeito
E as vendas um pouco frouxas.

domingo, 1 de maio de 2011

Eu corri, um tanto quanto mais veloz, pra poder te encontrar.
E sorri, a cada instante do meu dia, esperando-te chegar.
Suportei, em contato com terceiros, a ansiedade imensa.
De voar, sem limites, aos teus braços e sentir teu cheiro bom.


Eu subi as escadas na esperança de te ver bem distraído.
Sem notar que, para mim, tua presença é quase parte.
Eu abri, bem depressa, aquela porta pra olhar por entre espaços
Que estás inteiro, radiante de alegria, por deixar-te entregar ao vento intenso.


Quando então, o desespero me atormenta,
De procurar-te, calmamente com os olhos
E, sem sentido, perceber que estás ausente,
Destruindo o dia, tão perfeito, que havia construido.


Tudo bem, crio fantasias em minha pequena mente.
Falha doce, de sofrer por insanidades.
Humano ao extremo, pontos fracos, mais fracos e ilógicos.
Estou a espera de perguntas pras respostas.
Pra que discorrer sobre o infinito que atravessa meu peito?
Como entender o aperto no coração?
Distorço fatos!
Minha vida é de ciclos.
Ao instante me entendo e ignoro as questões.
Ao reverso me perco e as lágrimas não saem.
Talvez esta seja a hora exata!
Você tem esse sorriso inebriante
E a delicadeza em demasia.
Repito o que acontece:
Envolvendo-me além dos limites da razão!