domingo, 17 de abril de 2011

Será que o mesmo que se foi é o que virá?
E a hora de agora é a de amanhã?
Será que meus dedos envelhecem,
Por isso não sigo em atenção?

E agora?
Será que o instante eterno é o eterno instante?
Ou o instante agora é desconcertante?

Migalhas entre os ponteiros,
Tilintar dos sinos...
Será que os meninos de ontem
São hoje os mesmos meninos?

Talvez os sonhos passados
Não sejam os atuais.
E a velha calça jeans
Quiçá nem exista mais.

Opero o meu relógio,
Não sei se da melhor maneira:
Seguro o minuto que gosto
E acelero qualquer besteira.

Nesse controle do tempo
Percebo que nada somos.
Momentos necessários,
Nem sempre nos são claros
E a eles nos opomos

Espinhos atingem a alma
E, então, por proteção
Aceleramos o tempo.
Não seria este o da cura?

Guio-me sem sobressaltos.
No fim da vida, olharei para tras
E este tal senhor das horas
Para mim nada será mais,
Pois vejo chegar findo o meu tempo.

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