segunda-feira, 18 de abril de 2011

Resumir-me-ei a insignificância do meu ser.
Substituir-me-ei por moedas de troca.
Dilacerarei o resto da dignidade,
Rastejando-me, imundo, aos teus pés.


Condenar-me-ei em insanas palavras.
Suplicar-te-ei traços de afeto.
Infantilizarei minha pseudo maturidade,
Submetendo-me aos teus ferozes caprichos.


Acertar-te-ei com verdades evidentes.
Espalhar-me-ei em cada canto de tua vida.
Regozijarei em teu sorriso de dúvida,
Evidenciando-me, indefeso, em teus braços.


Confortar-me-ei em saber-te feliz.
Desnudar-me-ei de estigmas pré estabelecidos.
Condenarei o coração a sentir,
Perdendo-me em sonhos de estares comigo.


Esconder-me-ei em meio aos teus olhos.
Preferir-te-ei em cada estação.
Suportarei a garganta bem seca,
Cuidando em dizer-te: despertar da paixão.

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