sábado, 30 de abril de 2011

O que me espera?

No instante da loucura surgem diversas idéias.
Dessas...histórias de final...
Paro e penso.
Sem destino, me faço solução.
Quase meio sóbrio de insensatez
Sucumbo, aos poucos, ao desejo de não mais,
Mas me pego tão covarde
Que não arranco a mão da face.
Vem rompantes de alegria
_Entrecortados_
Dizem que ando pensando demais,
Vagando em olhares perdidos.
Leviano, tomo doses cavalares de verdade.
Sei tão pouco sobre o novo eu,
Desajustado em demasia,
Que mergulho em me achar.
Sinto falta do sorriso despreocupado,
Da certeza.
Quero tudo de volta:
Abraços, passos largos no jardim,
Doce música da manhã, diversão sem abstrações.
Reticente em provar do novo mel
Aproximo-me aos poucos da porta do paraíso (inferno).
Sinto abrirem-se as esperanças.
E, enfim, visualizo a pergunta:
O que me espera?

sábado, 23 de abril de 2011

Eu, sinceramente, espero que as nuvens desçam
E as gotas de chuva molhem meu rosto,
Transformando em água todo o sal dos meus olhos.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Inevitavelmente me pego buscando erros
De palavras, de conceitos, de vida.
Lucro em sorrir nos desacertos
Consubstanciados em suaves gestos ensaiados.


Sempre escolho os desajustados
De cor, de carinho, de sonhos.
Furto instantes de felicidade
A cada conversa sorrateira ao pé do ouvido.


Louco é quem diz-se independente
De amigos, de amores, de gente.
Jogo olhares por carência
E colho frutos de eterna companhia.


Sempre fui um tanto avesso
De sentido, de verdade, de coragem.
Rompo barreiras com melindres
Atrás da máscara nasço frágil.


Surte efeito a quem é preso
À mágoas, correntes e incertezas.
Libertando-te de teus defeitos
Verás em mim detrás do escudo.


Imperceptivelmente fico mudo
De vozes, de manhas e de gritos.
Então, me choco contra a parede
Acordando da vida trôpega.


Por fim, após eu me observar,
De diálogos, de pensamentos e atitudes,
Sinto-me flutuar sobre planos
Que sequer existiram em minha mente.


Desta forma a realidade fugaz
Assalta-me em frente ao portão:
 _Mãos ao alto e voz ao vento!
Antes tarde que mais tarde.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Resumir-me-ei a insignificância do meu ser.
Substituir-me-ei por moedas de troca.
Dilacerarei o resto da dignidade,
Rastejando-me, imundo, aos teus pés.


Condenar-me-ei em insanas palavras.
Suplicar-te-ei traços de afeto.
Infantilizarei minha pseudo maturidade,
Submetendo-me aos teus ferozes caprichos.


Acertar-te-ei com verdades evidentes.
Espalhar-me-ei em cada canto de tua vida.
Regozijarei em teu sorriso de dúvida,
Evidenciando-me, indefeso, em teus braços.


Confortar-me-ei em saber-te feliz.
Desnudar-me-ei de estigmas pré estabelecidos.
Condenarei o coração a sentir,
Perdendo-me em sonhos de estares comigo.


Esconder-me-ei em meio aos teus olhos.
Preferir-te-ei em cada estação.
Suportarei a garganta bem seca,
Cuidando em dizer-te: despertar da paixão.

domingo, 17 de abril de 2011

Será que o mesmo que se foi é o que virá?
E a hora de agora é a de amanhã?
Será que meus dedos envelhecem,
Por isso não sigo em atenção?

E agora?
Será que o instante eterno é o eterno instante?
Ou o instante agora é desconcertante?

Migalhas entre os ponteiros,
Tilintar dos sinos...
Será que os meninos de ontem
São hoje os mesmos meninos?

Talvez os sonhos passados
Não sejam os atuais.
E a velha calça jeans
Quiçá nem exista mais.

Opero o meu relógio,
Não sei se da melhor maneira:
Seguro o minuto que gosto
E acelero qualquer besteira.

Nesse controle do tempo
Percebo que nada somos.
Momentos necessários,
Nem sempre nos são claros
E a eles nos opomos

Espinhos atingem a alma
E, então, por proteção
Aceleramos o tempo.
Não seria este o da cura?

Guio-me sem sobressaltos.
No fim da vida, olharei para tras
E este tal senhor das horas
Para mim nada será mais,
Pois vejo chegar findo o meu tempo.

sábado, 16 de abril de 2011

Se eu tentar ocultar
Surgem novos e velhos.
Se eu tentar demonstrar
Talvez não consiga ser claro,
Explícito!
Então acontece:
Oculto e demonstro,
Clarividência.
Leio mãos e lábios,
Sugo a energia
E me prosto em alucinações.
Trago correntes, cordas e cadeados,
Enclausuro-me!
As dores da prisão são torrenciais.
Prendam-me a garganta e as mãos...
Libertem meu pensamento,
Deixem-no transparecer,
Deixem-me esmorecer,
Desintegrar, fugindo aos poucos...
Libertando-me espectralmente...
Fujo as correntes a que me prendi
E busco aliviar as dores d'alma!
Vem aqui, perto de mim
Pra conversar e resolver
Já não importa se sim ou talvez
Aos poucos você me perdeu
Brincou comigo e se queimou
Sou fogo, água, vento e dor
Pra terminar, ponto final
Te digo adeus, se foi, morreu
Ah...o que passou, passou
Me esqueça ou te esqueço eu
Se o amanhã a Deus pertence:
É soluçar, me embriagar, seguir em frente!
Quase em segredo eu confessei
Que sou mais eu entre você
De mãos atadas, preso a punhais
Ausência e mágoa, não quero mais
Intenso, ardente enquanto durou
Mas acabou, ficou pra trás
E a tristeza no olhar
Suportar, dilacerar, ultrapassar
Ah...o que passou, passou
Me esqueça ou te esqueço eu
Se o amanhã a Deus pertence:
É soluçar, me embriagar, seguir em frente!
Você me toma tanto tempo...

Você me toma tanto tempo,
Tanto tempo
Já não sei o que faço.
Tempo de olhares, de delírios,
De suspiros e desejos.


Quando olho é tão intenso,
Tão intenso
Que me perco.
Intensidade de sentimentos, de devaneios,
De imagens e pensamentos.


Meus delírios são tão óbvios,
Tão óbvios
Que se estampam em meu rosto.
Obviedade explícita, discreta,
Velada e truncada.


Nos suspiros estou tão entregue,
Tão entregue
Que não luto.
Entrega de palavras, de abraços,
De vida... de alma.


E os desejos são tão fortes,
Tão fortes...
Não oponho resistência.
Força lacerante, arrasadora,
Suave, que me destrói.


Você me toma tanto tempo,
Tanto tempo
Que já sinto saudades.
Do sorriso, da voz,
Da passada de mãos no cabelo,
De tudo.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Confidência

Quando chegaste ao meu mundo,
Trazendo tudo: luz e escuridão,
Destruíste, em apenas um segundo,
Cada certeza e convicção.

Não sei a forma correta de dizer,
Tampouco o meio exato de expressar,
Descarto vícios e jogos de querer.
Insisto em dores, tentando me curar.

Fato: não escolho o que quero!
Certo o arrepio no dorso.
Tortura em descobrir o que espero.
Abraço, aperto, agarro e torço.

Subjugo-me em meio a conceitos,
Destoando do pré estabelecido.
Conforta-me saber que não há jeito:
Nesse jogo de sorte, sou mais um vencido.

Portanto, quando me olhares,
Sorria e finja nada saber.
Pois, respirando novos ares,
Descobri: não há o que entender.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Evidência "A"

Aos poucos destaco o mundo das coisas,
Entrelaço os movimentos da mente
E sigo o compasso do coração.

Em sonho destaco as coisas do mundo,
Afunilo a vida e os sinais
E descubro o oculto evidente.

Enfim me liberto do medo,
Escuto e revelo segredos
Ao meu soldadinho de chumbo.

Alerta:
Em se tratando de discrição
É preciso, deveras, cuidado.

Estudo o silêncio ensaiado,
Amoldo-me a situação
E sou o que quiseres que seja.

Então, as cores que insisto esconder,
Evidenciam-se, por medo ou prazer,
Afinal, liberto estou!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Planos de vida:
Andar em linhas,
Cortar caminhos,
Sorrir calorosamente
E amar de verdade.


Sentir-me liberto,
Traçar metas
E revelar segredos
Ao pôr do Sol.


Subir em árvores,
Deitar em redes
E dormir tranquilo
Sem pensar no amanhã.


Viajar sem fronteiras,
Saltar de paraquedas,
Fechar os olhos
E deixar-me levar.


Tropeçar na subida,
Respirar devagar,
Falar somente o necessário
E controlar as batidas do coração.


Não me rotular,
Experimentar!
Sem medo ou pudor
A ti me entregar.


Cantar loucamente,
Sem nenhuma vergonha
Sonhar o que quero
Nada a perder!


Abraçar-te ao luar
Quando a brisa bater
Sussurrar ao ouvido:
Viver, viver, viver!
Quando o coração, de gotas, se enche
Transborda no rosto a alegria
De deixar-se entregar aos sentimentos.

domingo, 10 de abril de 2011


Amor de um dia


Vejo teu sorriso ao longe,
Caminhas lentamente,
Balanças a cabeça e, então,
Desvio o olhar por medo de mim.


A vontade de agarrar teu pescoço,
O desejo de abraçar-te e voar.
Silêncio!
Senta-te ao meu lado
E controlo os sentimentos...
Ou finjo


Doce conversa que flui
E meu mundo se resume ao instante.
Dou-te minha mão, meus braços, abraços...
Dou-te o céu em palavras
Mas ainda me escondo.


Oculto em sorrisos e amores,
Tateando o caminho que trilhas,
Vou conhecendo-te em flashes,
Amor de um dia,
Identificação imediata!


És meu reflexo, por isso rejeitava-te.
O que fazer, então, se apenas agora
Descobri-te importante?
Sorrir, fugir ou
Contar-te o segredo?


Quanta estima tenho por ti,
Amor de um dia,
Perfume das minhas noites...
Razão das minhas lágrimas


Não que tenha dúvidas de quem seja,
Reverso!
Sei o que sou
E o que esperas de mim, nos cochichos.


A questão maior é a surpresa,
Se é que existe, não versa sobre meus amores,
Mas sobre ti,
Amor de um dia,
Que nem sabes quem sou!
Ou o oposto,
Zombas de mim.


Aguardo o momento,
Que está próximo,
De explanar-te minhas flores...
Nesta hora,
Amor de um dia.
Meu mundo será teu


Meus segredos, todos teus,
Revelar-te-ei o explícito,
Entregando-me completo em tuas mãos,
Amor de um dia!
Arritmia!

As borboletas que vejo no caminho iluminado pelo sol
Demonstram a força ilusória de minhas palavras.
O voar e bater de asas que sublimam os olhos
Soluçam a mente do poeta de sentimentos.
O pouso delicado em cada pétala
Subtraem a respiração do eu presente.
Ilusões em palavras,
Soluços da mente,
Subtrações de respiração:
Sintomas etéreos de um amor não declarado.
Coração que pulsa no peito, arritmia.
Abraços e toques involuntários
Que me fazem flutuar na solidão, devaneios.
Propõe-me suave solução de sorrisos,
Então, simplesmente caio na teia que tranças
E viajo na imaginação delirante.
Abraços e toques,
Solução de sorrisos,
Viagem delirante,
Dou-te a mão em segredo
E sempre ao meu lado tu viverás.