sábado, 17 de dezembro de 2011

Descobri que mesmo quando se acha estar fazendo a coisa certa, podemos estar errando. Descobri que conversar é sempre a melhor saída. Descobri que sou infantil em certos atos. Descobri que não posso modificar tudo. Descobri que posso sentir estar me doando integralmente, mas não ser essa a visão de quem amo. Descobri que relevar as coisas e esquecer, para mim, é sempre a melhor saída. Descobri ter paciência. Descobri perdoar. Descobri sentir-me inteiramente entregue. Descobri que sou forte. Descobri que sou ciumento. Descobri que quando alguém, mesmo vendo que você está lutando para permanecer junto, não quer ou se bloqueia para não querer, não há o que fazer. Descobri esperar. Descobri sorrir quando quero chorar. Descobri chorar. Descobri o amor a primeira vista. Descobri que posso ser eu e pronto. Descobri que te amo. Descobri que para mim é para sempre. 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Dizem para mim, por aí:
Seja forte, meu amigo!
Faça e sinta,
Olhe e esqueça.
Dizem por aí:
Seja sério, meu amigo!
Espalhe coros de não,
Diga adeus, vá em frente.
Dizem para mim, por aí:
É só sopro, nada mais,
Logo passa, logo volta,
Espere e verás,
Sempre vês.
Tem poréns nos tais dizeres:
Sou falho, não consigo
Única e exclusivamente
Ser racional.
Sou fraco, ansioso, 
Sou intenso e entregue,
Sou carente, carinho,
Sou chato, curioso,
Sou grudento, sorridente (meio torto),
Sou amante, pois amo, ando amando,
Sou teu.
Teu porque te amo, acredito em nós.
Sei que me amas.
Meu defeito é um só, aliás, 
Meus defeitos são vários, mas, neste instante,
No agora, é um só:
Não sei esperar.
Não sei ficar longe de ti,
Não sei ficar sem conversar,
Eu amo!
Não é "paixãozinha", ou algo assim, "inho".
Eu amo (não consigo esquecer do nada),
(Claro que te desejo o que há de melhor)
(Queria que fosse comigo, é evidente)
Não sei esperar:
Parece, para mim, que o tempo é tempo demais.
Não que seja tempo demais.
É só que o tempo se arrasta sem você.
Eu espero, te espero, não tenha dúvidas que espero.
EU TE AMO!
Quero pra sempre, eternamente,
Unidos, amigos,
Irmãos, amantes...enfim!
Um brinde a tristeza de amar sem saber, um gole por amar, saber amado e agir de forma estúpida, um trago por soluçar em momentos inoportunos, um beijo por se arriscar e não ser reconhecido por isso, um sonho por ser covarde ao ponto de não conseguir romper suas próprias barreiras, um doce veneno por amar demais, por sentir demais, por se entregar demais, por ser intenso e entregue!

sábado, 22 de outubro de 2011

De cada palavra que existe
Sons disformes as compõem
Irrita-me o que fazes,
Irrita-me...
Achas simples a matéria
E tão fácil me expor
Mas te digo, pessoa:
Não é fácil, nada é simples!
Meu sorriso de criança
Não é tão puro ou real.

Nada é fácil, não é simples!
Estes olhos bem cerrados
Escondem a tristeza de ouvirdes.
Não é nada, fácil é simples!
De disfarçar-me pra sorrir-te,
De brincar em não mostrar.
É fácil, não é nada simples!
Traço planos de querer
Mas ressalto o não poder.
É simples, fácil, não é nada!
Magoar-me, usar-me,
Brincar de rir da minha face.
Deixo, então, estilhaçar-me.
Sou forte! Junto os cacos,
Reconstruo-me!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Anjos

O estranho e ao mesmo tempo maravilhoso é perceber que todas aquelas pré concepções que se tem caem por terra no instante em que somos atingidos pelo que sempre acreditamos não existir. Esses tais amores a primeira vista, encantamentos imediatos, paixões avassaladoras. Esses momentos em que o chão não existe e simplesmente ouvir a voz de quem se ama faz o dia mais feliz, lembrar os momentos que passamos juntos torna tudo mais gostoso, as flores parecem mais perfumadas e as cores mais vivas. Esses anjos que surgem em nossas vidas e fazem de cada momento ao seu lado único, inexplicável, indescritível, enfim, APAIXONANTE!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Vontades loucas me encontram a todo instante:
Correr e gritar que estou sedento por um beijo
Fingir que falo o que quero e falar o que finjo não querer
Levantar o olhar em direção aos entraves surgidos de repente,
Silenciando a solução que encontrara e nocauteando-os num só toque.
Sim, eu quero!
Estou em frenesi por uma migalha de delírio.
Grito em meus olhos por um tanto de liberdade vigiada.

domingo, 12 de junho de 2011

Roupas

Quando escrevo nada sei,
Volto as mesmas roupas velhas,
De respingos de lembrança.
Sonho palavras que piscam em meus olhos,
Rondam minha mente e sussuram meus ouvidos.
Luto pra não gritar.
Vez ou outra soluço trapaças:
De fugir do que atormenta,
Inflamar os pensamentos,
Deixando-me levar em contratempos.
Desses, que só a música comporta.
Saio, então, em disparada
Pra tornar tudo verdade.
Uso aqueles instrumentos
E deslizo em cada volta.
Por fim, tenho-me refeito
De escrever o que sentia.
Roupas novas em minha mala,
Descarto as velhas que vestia.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Sim, meu amigo, vivemos no mundo cão,
Nesse, sem destino certo e com caminhos tortuosos.
Triste, meu querido amigo, é saber que não tivemos escolha,
Somos assim e ponto final.


Olha, meu amigo, arriscar-se é necessário
Mesmo com medo, é preciso tentar de novo.
Sabe, meu querido amigo, tateando os sentimentos
Descobrimos felicidades escondidas.


Sinta, meu amigo, que podemos superar obstaculos
O tempo passa e as coisas voltam ao seu lugar.
Então, meu querido amigo, o bom é deixar-se voar,
Levados pelo vento que chamamos de carinho.


Disse, meu amigo, que teu rosto denuncia-te.
É um sorriso tão sincero que os olhos brilham de felicidade.
Portanto, meu querido amigo, deixe pra trás os teus receios
E viva o que te fará feliz.


Volto, meu amigo, a afirmar-me presente para o que quiseres.
Mesmo eu tímido em demasia, cativastes, por inteiro, o meu ser.
Logo, meu querido amigo, abra os braços e deixe-se levar
Mas guie teus sentimentos sempre pela razão.


Deixo, meu amigo, sinceros desejos de felicidade.
Dessas que só sabemos quando sentimos, tão indescritíveis.
Quero, meu querido amigo, que livre-se dos teus fardos,
Somos nós que construímos nossos caminhos.


Por isso, meu amigo, seja um tanto egoísta.
Tu deves te amar e isso é o que importa.
Porque, meu querido amigo, quando amamos a nós mesmos
Estamos aptos a amar ao mundo!

domingo, 5 de junho de 2011

Tantas coisas pra contar,
De promessas que me fiz.
Roupas, gestos e o falar,
Livres passos bem gentis.

Os meus sonhos, afinal,
De contigo e feliz.
Mesmo jeito, coisa e tal
Traços, laços que não quis.

Consciente do meu fardo,
Sussurrei ao teu ouvido
Dos segredos que não tardo
Em fazer-me a ti despido.

Traças sempre estratégias
Em lançar-te tão certeiro
Juntar-me sempre as tuas rédeas
E usar-me por inteiro.

Quando, então, já não me queres
Faz de mim um adereço.
Não te importas se a mim feres
Sou um nada, recomeço.

Desistindo a cada dia
Desta coisa tão perversa.
Sentimento que não via,
Felicidade submersa.

Vou subindo a montanha
Com perfume em minhas mãos.
Arrepio que me acanha
Vozes, risos, tudo ao chão.

Sorte a minha que disfarço
Ou talvez penso que sim.
Vou datar, talvez Março,
Início e meio do meu fim

Não amo-te mais, isso é certo.
Mas nutro um carinho imenso.
Que se olhado bem de perto
Externaliza o que eu penso.

O problema é que me usas.
Isso é claro, evidente.
Nas conversas obtusas
É que me mostras o que sentes.

Mesmo vendo o que acontece,
Não consigo me soltar
O meu eu que fenece
E o teu eu a me agarrar.

Se te esqueço e me ligas,
Um sorriso em mim despertas.
São migalhas e intrigas
De abraçar-me em horas certas.

E por fim se é que existe,
Diz que não queres me magoar.
E o que dizer, é tão triste,
Não precisa nem tentar.

domingo, 29 de maio de 2011

A partir de hoje (não que seja hoje) as coisas mudam de figura.
Os polos da relação se transformam,
As questões se explicitam,
As certezas se infiltram sorrateiramente em meus pensamentos.
Responsáveis por transformações são tanto meu coração
Quanto pessoas que a mim tornam-se especiais.
Cruciais nas novidades sou eu e meus medos.
Desejo um tanto mais de felicidade,
Esta que de início não conhecia
E que agora passou a preencher meus momentos em bater de asas.
Voo desgovernado, cambaleante, mas voo livre...
Há dias que um sorriso é impossível,
Que pensar é improvável
E delimitar não entra em cena.
Nestes dias o importante é sentir,
Deixar a luz invadir os olhos, 
Percorrer o corpo e atingir a alma.
Parece que alivia a dor,
Quando deixo-me transbordar.
O coração aperta, se transforma
E percebo-me, enfim, feliz!

domingo, 22 de maio de 2011

O orvalho que outrora molhara meu rosto
Transformou-se em silêncio, em sorriso, em não mais...
Coube a ti a missão de dizer-me:
_Sim, anjo, voamos contra o vento!
Respirei fundo, olhei pra dentro.
Pensei em fugir todo instante.
Ouvi cada pulso em doces tempos.
Peguei o pouco da coragem sub-humana
E entreguei-me a ti,
Meu lar.
Fiz questão de olhar:
Imediatidade!
Pegaste minha mão
E furtaste-me daquele lugar.
Olho no olho, lábios nos lábios,
Abraço apertado e carícias sinceras.
Arrepio-me ao lembrar tua voz,
Sussurrando meu ouvido...
Um beijo a mais,
Um toque a mais.
Agarraste-me a ti e não me soltara:
Inevitável...
Um beijo a mais.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Eu te amo em cada gesto, em cada verso, em cada olhar.
Eu te chamo, eu te grito até você me ouvir.
Dessa forma é inevitável me sentir!

domingo, 15 de maio de 2011

Então eu corro em direção ao nada
Fugindo da realidade que me persegue.
Observo cada instante que me cerca
E procuro, sem destino, me entregar.
Como sempre, sem ter algo que alcançar,
Minha vida entre espinhos e correntes.
Letras mortas em papéis pra não sentir
E a lua que insiste em me guiar.
E se eu resolvesse parar o mundo com as mãos?
Você me ajudaria?
Se faíscas de luz atingissem minh'alma?
Você me ajudaria a sair da escuridão?
Eu sento e penso cada momento que passou
E sem sentir a chuva atinge o meu rosto.
Inevitável não voltar no ontem-hoje.
Vou me levando pelo som do coração.
Em cada dor que acelera o devaneio
E quebra o fraco que existe aqui dentro,
Em todo dia que parece não ter fim,
Nos meus compassos, no desejo, em tudo, em mim.
E se eu resolvesse parar o mundo com as mãos?
Você me ajudaria?
Se faíscas de luz atingissem minh'alma?
Você me ajudaria a sair da escuridão?

sábado, 14 de maio de 2011

Ando arriscando-me mais.
Primeiro olhei, meio sem jeito
E questionei futilidades:
Sem intenção!
Interessante como continuaste o assunto,
Fiquei meio tímido.
Sentaste, então, me convidando pra fingir não perceber
E continuarmos a conversa sobre nós,
Sobre meu toque na pasta azul
E teu sorriso de canto de boca.
Despediu-se de mim, dando-me dicas sobre horários
Perguntei teu nome,
Nunca mais vi.
Interessante essa história de primeira vista,
Ou segunda, afinal já haviamos nos olhado,
Encantamento imediato
E sorriso sem medo.
Estou aberto à novas experiências.
Sinto-me melhor, mais feliz,
Liberto.
Puxo o fio e a conversa flui.
Não tenho aversões.
Sentei ao teu lado
E brincamos de falar novidades.

domingo, 8 de maio de 2011

Desviar o olhar é inevitável.
Basta você chegar.
Meus olhos ganham vida própria,
Insistem em fugir do foco.
Cada gesto é captado por meus radares,
Sempre atentos aos movimentos que faz.
A linha é sempre tênue.
No seu caso, sequer existiu.
Perder o ar é incontrolável.
É só ouvir sua voz
E a respiração se faz ofegante.
Simples:
Não entendo como pode fazer-se
Tão indescritível.
Despertar

Sempre estive anestesiado,
Preso a vendas que escondiam a verdade.
Sempre encantei-me em conviver,
O tempo cuidava em despertar um sentimento.
Acontece que, dias pra cá,
O tempo anda curto,
O anestésico sem efeito
E as vendas um pouco frouxas.

domingo, 1 de maio de 2011

Eu corri, um tanto quanto mais veloz, pra poder te encontrar.
E sorri, a cada instante do meu dia, esperando-te chegar.
Suportei, em contato com terceiros, a ansiedade imensa.
De voar, sem limites, aos teus braços e sentir teu cheiro bom.


Eu subi as escadas na esperança de te ver bem distraído.
Sem notar que, para mim, tua presença é quase parte.
Eu abri, bem depressa, aquela porta pra olhar por entre espaços
Que estás inteiro, radiante de alegria, por deixar-te entregar ao vento intenso.


Quando então, o desespero me atormenta,
De procurar-te, calmamente com os olhos
E, sem sentido, perceber que estás ausente,
Destruindo o dia, tão perfeito, que havia construido.


Tudo bem, crio fantasias em minha pequena mente.
Falha doce, de sofrer por insanidades.
Humano ao extremo, pontos fracos, mais fracos e ilógicos.
Estou a espera de perguntas pras respostas.
Pra que discorrer sobre o infinito que atravessa meu peito?
Como entender o aperto no coração?
Distorço fatos!
Minha vida é de ciclos.
Ao instante me entendo e ignoro as questões.
Ao reverso me perco e as lágrimas não saem.
Talvez esta seja a hora exata!
Você tem esse sorriso inebriante
E a delicadeza em demasia.
Repito o que acontece:
Envolvendo-me além dos limites da razão!

sábado, 30 de abril de 2011

O que me espera?

No instante da loucura surgem diversas idéias.
Dessas...histórias de final...
Paro e penso.
Sem destino, me faço solução.
Quase meio sóbrio de insensatez
Sucumbo, aos poucos, ao desejo de não mais,
Mas me pego tão covarde
Que não arranco a mão da face.
Vem rompantes de alegria
_Entrecortados_
Dizem que ando pensando demais,
Vagando em olhares perdidos.
Leviano, tomo doses cavalares de verdade.
Sei tão pouco sobre o novo eu,
Desajustado em demasia,
Que mergulho em me achar.
Sinto falta do sorriso despreocupado,
Da certeza.
Quero tudo de volta:
Abraços, passos largos no jardim,
Doce música da manhã, diversão sem abstrações.
Reticente em provar do novo mel
Aproximo-me aos poucos da porta do paraíso (inferno).
Sinto abrirem-se as esperanças.
E, enfim, visualizo a pergunta:
O que me espera?

sábado, 23 de abril de 2011

Eu, sinceramente, espero que as nuvens desçam
E as gotas de chuva molhem meu rosto,
Transformando em água todo o sal dos meus olhos.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Inevitavelmente me pego buscando erros
De palavras, de conceitos, de vida.
Lucro em sorrir nos desacertos
Consubstanciados em suaves gestos ensaiados.


Sempre escolho os desajustados
De cor, de carinho, de sonhos.
Furto instantes de felicidade
A cada conversa sorrateira ao pé do ouvido.


Louco é quem diz-se independente
De amigos, de amores, de gente.
Jogo olhares por carência
E colho frutos de eterna companhia.


Sempre fui um tanto avesso
De sentido, de verdade, de coragem.
Rompo barreiras com melindres
Atrás da máscara nasço frágil.


Surte efeito a quem é preso
À mágoas, correntes e incertezas.
Libertando-te de teus defeitos
Verás em mim detrás do escudo.


Imperceptivelmente fico mudo
De vozes, de manhas e de gritos.
Então, me choco contra a parede
Acordando da vida trôpega.


Por fim, após eu me observar,
De diálogos, de pensamentos e atitudes,
Sinto-me flutuar sobre planos
Que sequer existiram em minha mente.


Desta forma a realidade fugaz
Assalta-me em frente ao portão:
 _Mãos ao alto e voz ao vento!
Antes tarde que mais tarde.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Resumir-me-ei a insignificância do meu ser.
Substituir-me-ei por moedas de troca.
Dilacerarei o resto da dignidade,
Rastejando-me, imundo, aos teus pés.


Condenar-me-ei em insanas palavras.
Suplicar-te-ei traços de afeto.
Infantilizarei minha pseudo maturidade,
Submetendo-me aos teus ferozes caprichos.


Acertar-te-ei com verdades evidentes.
Espalhar-me-ei em cada canto de tua vida.
Regozijarei em teu sorriso de dúvida,
Evidenciando-me, indefeso, em teus braços.


Confortar-me-ei em saber-te feliz.
Desnudar-me-ei de estigmas pré estabelecidos.
Condenarei o coração a sentir,
Perdendo-me em sonhos de estares comigo.


Esconder-me-ei em meio aos teus olhos.
Preferir-te-ei em cada estação.
Suportarei a garganta bem seca,
Cuidando em dizer-te: despertar da paixão.

domingo, 17 de abril de 2011

Será que o mesmo que se foi é o que virá?
E a hora de agora é a de amanhã?
Será que meus dedos envelhecem,
Por isso não sigo em atenção?

E agora?
Será que o instante eterno é o eterno instante?
Ou o instante agora é desconcertante?

Migalhas entre os ponteiros,
Tilintar dos sinos...
Será que os meninos de ontem
São hoje os mesmos meninos?

Talvez os sonhos passados
Não sejam os atuais.
E a velha calça jeans
Quiçá nem exista mais.

Opero o meu relógio,
Não sei se da melhor maneira:
Seguro o minuto que gosto
E acelero qualquer besteira.

Nesse controle do tempo
Percebo que nada somos.
Momentos necessários,
Nem sempre nos são claros
E a eles nos opomos

Espinhos atingem a alma
E, então, por proteção
Aceleramos o tempo.
Não seria este o da cura?

Guio-me sem sobressaltos.
No fim da vida, olharei para tras
E este tal senhor das horas
Para mim nada será mais,
Pois vejo chegar findo o meu tempo.

sábado, 16 de abril de 2011

Se eu tentar ocultar
Surgem novos e velhos.
Se eu tentar demonstrar
Talvez não consiga ser claro,
Explícito!
Então acontece:
Oculto e demonstro,
Clarividência.
Leio mãos e lábios,
Sugo a energia
E me prosto em alucinações.
Trago correntes, cordas e cadeados,
Enclausuro-me!
As dores da prisão são torrenciais.
Prendam-me a garganta e as mãos...
Libertem meu pensamento,
Deixem-no transparecer,
Deixem-me esmorecer,
Desintegrar, fugindo aos poucos...
Libertando-me espectralmente...
Fujo as correntes a que me prendi
E busco aliviar as dores d'alma!
Vem aqui, perto de mim
Pra conversar e resolver
Já não importa se sim ou talvez
Aos poucos você me perdeu
Brincou comigo e se queimou
Sou fogo, água, vento e dor
Pra terminar, ponto final
Te digo adeus, se foi, morreu
Ah...o que passou, passou
Me esqueça ou te esqueço eu
Se o amanhã a Deus pertence:
É soluçar, me embriagar, seguir em frente!
Quase em segredo eu confessei
Que sou mais eu entre você
De mãos atadas, preso a punhais
Ausência e mágoa, não quero mais
Intenso, ardente enquanto durou
Mas acabou, ficou pra trás
E a tristeza no olhar
Suportar, dilacerar, ultrapassar
Ah...o que passou, passou
Me esqueça ou te esqueço eu
Se o amanhã a Deus pertence:
É soluçar, me embriagar, seguir em frente!
Você me toma tanto tempo...

Você me toma tanto tempo,
Tanto tempo
Já não sei o que faço.
Tempo de olhares, de delírios,
De suspiros e desejos.


Quando olho é tão intenso,
Tão intenso
Que me perco.
Intensidade de sentimentos, de devaneios,
De imagens e pensamentos.


Meus delírios são tão óbvios,
Tão óbvios
Que se estampam em meu rosto.
Obviedade explícita, discreta,
Velada e truncada.


Nos suspiros estou tão entregue,
Tão entregue
Que não luto.
Entrega de palavras, de abraços,
De vida... de alma.


E os desejos são tão fortes,
Tão fortes...
Não oponho resistência.
Força lacerante, arrasadora,
Suave, que me destrói.


Você me toma tanto tempo,
Tanto tempo
Que já sinto saudades.
Do sorriso, da voz,
Da passada de mãos no cabelo,
De tudo.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Confidência

Quando chegaste ao meu mundo,
Trazendo tudo: luz e escuridão,
Destruíste, em apenas um segundo,
Cada certeza e convicção.

Não sei a forma correta de dizer,
Tampouco o meio exato de expressar,
Descarto vícios e jogos de querer.
Insisto em dores, tentando me curar.

Fato: não escolho o que quero!
Certo o arrepio no dorso.
Tortura em descobrir o que espero.
Abraço, aperto, agarro e torço.

Subjugo-me em meio a conceitos,
Destoando do pré estabelecido.
Conforta-me saber que não há jeito:
Nesse jogo de sorte, sou mais um vencido.

Portanto, quando me olhares,
Sorria e finja nada saber.
Pois, respirando novos ares,
Descobri: não há o que entender.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Evidência "A"

Aos poucos destaco o mundo das coisas,
Entrelaço os movimentos da mente
E sigo o compasso do coração.

Em sonho destaco as coisas do mundo,
Afunilo a vida e os sinais
E descubro o oculto evidente.

Enfim me liberto do medo,
Escuto e revelo segredos
Ao meu soldadinho de chumbo.

Alerta:
Em se tratando de discrição
É preciso, deveras, cuidado.

Estudo o silêncio ensaiado,
Amoldo-me a situação
E sou o que quiseres que seja.

Então, as cores que insisto esconder,
Evidenciam-se, por medo ou prazer,
Afinal, liberto estou!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Planos de vida:
Andar em linhas,
Cortar caminhos,
Sorrir calorosamente
E amar de verdade.


Sentir-me liberto,
Traçar metas
E revelar segredos
Ao pôr do Sol.


Subir em árvores,
Deitar em redes
E dormir tranquilo
Sem pensar no amanhã.


Viajar sem fronteiras,
Saltar de paraquedas,
Fechar os olhos
E deixar-me levar.


Tropeçar na subida,
Respirar devagar,
Falar somente o necessário
E controlar as batidas do coração.


Não me rotular,
Experimentar!
Sem medo ou pudor
A ti me entregar.


Cantar loucamente,
Sem nenhuma vergonha
Sonhar o que quero
Nada a perder!


Abraçar-te ao luar
Quando a brisa bater
Sussurrar ao ouvido:
Viver, viver, viver!
Quando o coração, de gotas, se enche
Transborda no rosto a alegria
De deixar-se entregar aos sentimentos.

domingo, 10 de abril de 2011


Amor de um dia


Vejo teu sorriso ao longe,
Caminhas lentamente,
Balanças a cabeça e, então,
Desvio o olhar por medo de mim.


A vontade de agarrar teu pescoço,
O desejo de abraçar-te e voar.
Silêncio!
Senta-te ao meu lado
E controlo os sentimentos...
Ou finjo


Doce conversa que flui
E meu mundo se resume ao instante.
Dou-te minha mão, meus braços, abraços...
Dou-te o céu em palavras
Mas ainda me escondo.


Oculto em sorrisos e amores,
Tateando o caminho que trilhas,
Vou conhecendo-te em flashes,
Amor de um dia,
Identificação imediata!


És meu reflexo, por isso rejeitava-te.
O que fazer, então, se apenas agora
Descobri-te importante?
Sorrir, fugir ou
Contar-te o segredo?


Quanta estima tenho por ti,
Amor de um dia,
Perfume das minhas noites...
Razão das minhas lágrimas


Não que tenha dúvidas de quem seja,
Reverso!
Sei o que sou
E o que esperas de mim, nos cochichos.


A questão maior é a surpresa,
Se é que existe, não versa sobre meus amores,
Mas sobre ti,
Amor de um dia,
Que nem sabes quem sou!
Ou o oposto,
Zombas de mim.


Aguardo o momento,
Que está próximo,
De explanar-te minhas flores...
Nesta hora,
Amor de um dia.
Meu mundo será teu


Meus segredos, todos teus,
Revelar-te-ei o explícito,
Entregando-me completo em tuas mãos,
Amor de um dia!
Arritmia!

As borboletas que vejo no caminho iluminado pelo sol
Demonstram a força ilusória de minhas palavras.
O voar e bater de asas que sublimam os olhos
Soluçam a mente do poeta de sentimentos.
O pouso delicado em cada pétala
Subtraem a respiração do eu presente.
Ilusões em palavras,
Soluços da mente,
Subtrações de respiração:
Sintomas etéreos de um amor não declarado.
Coração que pulsa no peito, arritmia.
Abraços e toques involuntários
Que me fazem flutuar na solidão, devaneios.
Propõe-me suave solução de sorrisos,
Então, simplesmente caio na teia que tranças
E viajo na imaginação delirante.
Abraços e toques,
Solução de sorrisos,
Viagem delirante,
Dou-te a mão em segredo
E sempre ao meu lado tu viverás.